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Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brazil
Professora de Artes na Rede Estadual - Escola Pe Constantino de Monte

Morre a árvore, nasce a arte

Morre a árvore, nasce a arte
Escultura de Elmar Medeiros em Maracaju

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Origens da Arte no Mato Grosso do Sul

O começo da Arte no Mato Grosso do Sul, então Mato Grosso, está descrito numa das poucas publicações a respeito da nossa Arte, que começa mais ao alto, em Cuiabá, no Mato Grosso uno, onde recebeu incentivo da UFMT.  A esse respeito, Aline Figueiredo, crítica de Arte, é quem nos conta, em seu livro "Arte aqui é mato" de 1990.



O Mato Grosso colonial foi descoberto pelos caçadores de ouro, que rápido o encontraram, porém este, ligeiro se esgotou, indo embora os aventureiros sem deixar nada em troca.



Depois do áureo episódio, nada mais aconteceu por aqui:



Nosso estado é relativamente novo, foi separado do Mato Grosso em 1977,
e desde então busca sua identidade cultural.

Identidade Cultural  Veja o que é clicando aqui e aqui

Então fica a pergunta: Qual é nossa identidade Cultural? Nossa população é formada por mineiros, paulistas, gaúchos, paranaenses, povos de nações vizinhas e europeus em menor quantidade, mas acaba sendo o indígena, o verdadeiro dono destas terras, que melhor constitui o imaginário e povoa a representação de uma cultura nativa, original e autêntica. 
Neste sentido, temos vários artistas que se dedicaram á temática indígena em seus trabalhos, antes e depois da divisão do estado do Mato Grosso. 

Clique aqui e veja várias obras de artistas de Mato Grosso do Sul
 na temática indígena. 

Lídia Baís foi nossa primeira artista, esta é sem dúvida a personalidade que mais desperta a curiosidade dos estudiosos da arte no estado. Nasceu em 1900 e sofreu muitos preconceitos por querer ser artista num tempo em que mulher só podia ser mãe e esposa, ela não quis ser nem uma coisa, nem outra. Estudou arte com Henrique Bernardelli no Rio de Janeiro e conviveu com Ismael Nery em longa viagem à Europa.


Lídia e seu pai Bernardo Baís

Além de retratos e paisagens Lídia Baís apresentou composições surrealistas, porém sua iniciativa nesta época não foi aceita, sua larga experiência foi desperdiçada, e exilou-se frente a incompreensão de sua genialidade. 


Prisioneira das condições sócio culturais do início do século, quando mulheres jamais poderiam lançar-se na carreira artística, Lídia Baís construiu para si uma fortaleza de mistérios e proibições que ela mesma denominava de claustro, e sua obra só veio a ser conhecida e disponibilizada ao público depois de sua morte em 1985.

Clique aqui para saber mais sobre a vida e a obra de Lídia Baís.


Nas décadas de 1960 e 1970 algumas iniciativas criaram grupos de artistas para trocar experiências e ensinar novas gerações, mas um artista destacou-se dos outros: Humberto Espíndola, integrante de uma família inteira de artistas.





 A divisão política do Mato Grosso em 1977 foi o tema da sua série de telas “Divisão de Mato Grosso”. São oito telas de 130x170 que estão no MARCO – Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, e que são o único registro plástico do acontecimento e contam esteticamente a história.

O sopro - Série Divisão do MT

Clique aqui para visualizar a série Divisão do MT de Humberto Espíndola

Humberto Espíndola foi quem projetou a Arte mato-grossense e o Brasil Central nos cenários nacional e internacional nas décadas de 1960 e 1970. 



Autor da Bovinocultura, como chama o conjunto de sua obra, que tem sempre o "Boi" como temática, foi premiado nos mais importantes Salões de Arte e participou de Bienais Internacionais entre 1968 e 1972. 

Em 1979, com a instalação do governo de Mato Grosso do Sul, surge a Fundação de Cultura, desenvolvendo a política governamental para as Artes. 


A criação dos cursos de Artes na Universidade Federal de MS em 1981, e da UNIGRAN em 1983 impulsionam grandemente a arte no estado trazendo professores de grandes centros e formando novos profissionais.

Nas décadas de 1980 e 90 vários núcleos e movimentos surgem em diferentes cidades do estado como Ponta Porã, Dourados, Coxim e Corumbá, direcionando a apresentação de ideias visuais originais e inéditas reunindo artistas de várias áreas e tendências. 


Surgem vários nomes na Arte de nosso estado, destacando-se Henrique Spengler, Jonir Figueiredo, Paulo Rigotti, Cello Lima, Ana Ruas, Genessi, Evandro Prado, Jorapimo, dentre muitos outros.




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